NOTAS PELO AR
Nas calmas tardes ensolaradas
Da minha terra de araçás,
Vejo taças de sol poente
No brilho de cada olhar!
As sombras frescas e vastas
Dos edifícios boreais
Projetam-se nas calçadas
Trazendo perfis poéticos sem iguais!
As horas me inspiram versos
Nem vejo o tempo passar...
Em pólos líricos de saudade
Jorram os meus ideais.
As minhas mãos lívidas e marcadas
Ferem as cordas do meu violão...
Os vales ecoam as notas tristes
E, num átimo inusitado,
O amor se faz canção.