Extintas
As depressões foram extintas juntamente com os choros
Foram expulsos os tormentos, e afogaram-se os agouros
Nessa manhã ensolarada, ergueram-se as ruínas.
As tristezas saíram pelos fundos, e sequer olharam para trás
A alegria em sua carruagem, abraçada à imensa paz
Transitou por toda a cidade, nas pequenas ruas e esquinas.
As amarguras definham-se solitárias no imundo porão
O rancor perambula pelos cantos feito um sarnento cão
Em uma noite de ventos calmos e céus transparentes.
A covardia foi decapitada pelas mãos seguras da coragem
A inveja arrumou as malas, e seguiu a sua viagem
As tempestades deram lugar à calmaria em almas contentes.
A melancolia foi lançada nas profundezas de um abismo
Imerso em águas profundas, o detestável pessimismo
Meus objetivos não avistam mais as gigantescas barreiras.
A carência foi assassinada por amigos, nesse belo fim de tarde
A opressão dos pensamentos, pela esbelta liberdade
Sigo forte em meus passos, desconheço as tais fronteiras.
As loucuras se enforcaram, em noites notavelmente perfeitas
As sementes do amor, as responsáveis por grandes colheitas
Nesse ano primoroso, de bem estar impregnado em meu trajeto.
O bom humor se sentiu à vontade, em meu pequeno quintal
Os atos de bondade, destruíram as pavorosas raízes do mal
Estou conseguindo avistar multidões, mesmo em um solitário deserto.
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