Caminhos Claros
Ao cair de uma linda tarde, eu andava com os pés firmes ao chão por caminhos impecáveis e bastante claros. O horizonte pude ver a dois palmos de minha face. Os raios de sol não queimavam os meus belos sonhos. Tudo estava tão perfeito que me via a flutuar por entre as árvores. A sede não aparecia por meses demasiadamente raros. A fome me parecia tão tola e acanhada pelos cantos e o cansaço simplesmente apareceu em teus dispersos olhos tristonhos.
Certamente me perguntava: onde poderia estar nesse instante tão magnífico? Talvez entre as fantasias mais desejadas. O engraçado era que não enxergava mais ninguém. Eu era o único habitante totalmente feliz por aqui andando. Mas ao longe muitos animais eu pude notar, em passos firmes vinham passando por cima de armadilhas antigas e empoeiradas. Os teus olhos brilhavam tanto nesse exato momento. De um gigantesco banquete pareciam estar voltando.
As mãos estão desatadas por todos os minutos, e os passos seguem sem tropeços e sem regressos pela linda terra. Inigualável imagem em um dia de sol maravilhoso. Batalhas inexistentes e inimigos se abraçando perto de uma simples cascata. Pensamentos livres que voam felizes ao embalo de brisas tímidas. Vidas perdidas de volta à casa. Extintas a morte, a tristeza e a guerra. As prisões estão totalmente esquecidas. Não existem mais crimes e descumprimento de leis. A vida chora de alegria absolutamente grata.
As mesas estão fartas por alimentos diversificados. As crianças não se perdem mais em lágrimas de fome, de dor e medo. Elas brincam despreocupadas perto da lareira. Transbordam infindáveis sorrisos que vão moldando toda a humilde família. E eu continuo observando toda essa esplendorosa tarde única. Esses momentos tão alegres que dão consistência a esse grande enredo. Direciono os olhos para fora da sala por um segundo e vejo bem nítido: a almejada alegria, grifada nas nuvens por uma simples esquadrilha.
http://alexmenegueli.blogspot.com.br/ 17/11/2012