Paraíso
O vento sopra baixinho na varanda de minha casa
Trazendo consigo o frio suave em que me afundo
E o dia começa perfeito com a confiança que arrasa
A imperfeição em meu peito,a inquietação de meu mundo.
Os afazeres enchem-se de uma alegria sem igual
Invadindo os esquecidos cantos há muito abandonados
Devolve a certeza sem prantos,e afronta com força colossal
A delinquência da tristeza,a infelicidade de meu passado.
A porta abre contente,e móstra-me uma linda manhã de inverno
Com a névoa que teima em cair mansa sobre o meu quintal
Cobrindo o telhado e jardim florido e pequeno
Enchendo os meus olhos de entusiasmo sem igual.
E tranquila minha alma em noite fria me acalma
Conectada ao meu corpo,direciona-me sem argumentos
E em paz comigo renasço literalmente das cinzas
Crio asas em meus sonhos,vôo livre em pensamentos.
Alexsandro Menegueli Ferreira 17/09/03