BAILARINA
As sapatilhas sobrepostas
Num canto do quarto
Refaz na lembrança
A face angelical
Nas pontas dos pés
Enchendo a casa de vida
Rodopiando sobre o tempo
Como pluma ao sabor do vento
Engolindo a música
Soprando seus sonhos
Que se espalham e refletem
E inspiram tantas outras
Que te seguem
Dividindo espaços no palco
Somando alegrias
E risos flutuantes
Entre tantos encantos
Que dançam na face
Que agora se mostra
Como silfo-mulher
Leve como a brisa
Sem receio da vida
Colhendo oportunidades
Transpondo barreiras
Tantos palcos a galgar
Girando no ar