“A gatinha Narizinho”

Eu sempre respeitei à natureza

Jamais agredi seus integrantes

Admiro suas grandes belezas

Todas são muito importantes

Pois cada qual compõe a cadeia da vida

Desta imensa grandeza infinita.

Certo dia aqui em nossa casa

Apareceu uma gatinha bem magrinha

Foi entrando sem pedir licença

Da rua nua e crua ela vinha

Passou por vários cães tranquilamente

Calmamente seguiu adiante.

Só pela sua grande coragem

Cativou cada um deste lar

Em pouco tempo o animal sem bagagem

Arranjou este lugar para lhe abrigar

Passou a ser um ser muito querido

Agora com os cães a ela unido.

Mas esta gatinha tinha poder de escolha

Fugia da matrona daquela morada

Mas nos colos de alguns

Dormia sempre sossegada

Adorava dormir na cama grande

Parecia uma princesa encantada.

Mas houve um dia que a gatinha foi castrada

Ficou por um dia na clinica veterinária

No outro dia voltou à sua morada

E quando à noite cheguei em casa

Ouvi seus suplicantes miados

Parecia dizer:- Que dor, que dor..

Implorando por um aconchego amado.

A gatinha passou a ser a diversão do nosso lar

Corre, pula bate e provoca os seres caninos

De Narizinho passamos a lhe chamar

Pela surra que levou de outro ser felino

Que lhe fez um corte no seu nariz por crueldade

Não deu lhe oportunidade de defesa

Que pena e que triste fatalidade.