UM PÔR DE SOL VISTO PELO POETA

Vermelhos matizes são indícios de

um belo pôr de sol, que nos

espreita detrás do rio, indo na suavidade

das águas, até onde estas se

cristalizam. Na fluência das cores, que

atravessam o céu e dão um

certo romantismo, ao velho entardecer,

há uma cadência, abrangendo

tudo o que alcança. E uma ave, como que

numa estampa, atravessa o olho

do sol, ficando-nos a ideia, de que o tempo

parou, por breves instantes.

E para não ferir a paisagem, uma árvore

solitária, escolheu o seu canto,

tão exíguo, quanto o espaço, que a acolhe,

por entre os braços das nuvens,

que se espraiam, através do colorido dos céus,

gradualmente descendo, por

sobre a linha do horizonte, recheadas de

tintas vermelhas e amarelas.

Até que, por fim, a noite surge, desmaiando

por sobre a prata das águas,

na influência mais proeminente, da lua cheia,

que assim reclamou o seu espaço.

Jorge Humberto

24/10/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 24/10/2011
Código do texto: T3295574
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