CANTO À MADRUGADA

No róscido da ilustre madrugada,

despertam as flores primeiras,

abrindo suas corolas para a manhã,

que já se percebe, a horizonte.

Lá onde o mar desmaia, a quem

repara, com olhos limpos de indústrias,

rebrilha o sol, em seus matizes,

mergulhando seu fulgor nas águas.

E pequenos barcos, descansam

solenes, em suas margens, no fluxo e

refluxo das marés, que se avivam,

em resquícios de restos nocturnos.

E a lua, por se mostrar ainda presente,

influi nas águas, uma última vez,

antes de desaparecer e de dar lugar a

uma brisa suave, que se remete

nas árvores, que brilham e rebrilham,

fulgindo, por breves instantes,

suas folhas, que mostrando vão, seu

inverso, de um verde mais escuro.

E as nuvens, lá do seu alto, abrem-se

em brancos caprichosos,

como asas esmorecendo e caindo no mar,

emoldurando o céu de belos azuis.

Jorge Humberto

04/09/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 04/09/2011
Código do texto: T3200246
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