MIL SONHOS VIVI

Em sonhos, que só eu ousei sonhar,

vi castelos, palácios e lindos jardins,

pessoas de todas as raças a passear,

ou comemorando faustosos festins.

Vi elegantes alazões, campos a verdejar,

florestas com suas árvores e animais,

cascatas deslumbrantes onde mergulhar,

pessoas e crianças a passear… casais.

Vi casas com alabastros e janelas ornadas,

avenidas a perder de vista com carros a passar,

mil ruas de calçada pintada – asseadas,

artistas com simples modos de trajar.

Vi casinos assombrosos e teatros de encantar,

estátuas variadas em posses fascinantes,

repuxos de água, com nenúfares a boiar,

coisas do antigamente, pessoas elegantes.

E vi ainda rios límpidos, com suas pontes ilustres,

estranhos gestos, que eu não soube decifrar,

barcos ancorados, alguns com lustres,

gôndolas e gondoleiros aos amantes a cantar.

Vi ruas com nomes de poetas e outros famosos,

em casas pintadas como se fora de outrora,

vi sorrisos em cada rosto, esplendorosos,

o cair da noite iluminada, pelas ruelas afora.

Tudo vi e nada olvidei, nas minhas andanças,

ainda jovem, com olhos de ventura,

dos gestos errantes, ficou-me as mudanças,

para dizer que vivi, em plena aventura.

Jorge Humberto

18/06/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 18/06/2011
Código do texto: T3042455
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