BANHANDO-SE NO RIO
Da janela de meu quarto
vislumbro
o rio lá mais em baixo; as
ondas diminutas vêm morrer
junto à orla do Tejo,
que está ressequida pelo
calor, onde tudo fenece.
As aves buscam uma sombra,
para beber
da água fresquinha,
e, seguidamente, sobem nos
caniçais para se refrescarem,
junto às margens
do rio, refulgindo o sol.
Crianças alheias ao calor do
momento,
fazem brincadeiras
na areia, onde a lama é mais
permeável, e
depois de sujas mergulham
nas águas ávidas de corpos.
Apesar de lamacento o rio
é convidativo,
e as crianças chamam os adultos,
para virem jogar seus
jogos, nas refrescantes águas,
no amenizar das ondas,
que mortiças se mostram.
É motivo de rejubilo e alegria
estas águas,
e não raro se vêem peixes,
saltando borda fora,
confiantes pelo cardume
e pelo serenar do rio,
que a tudo e a todos convida.
Com a tarde, chega a hora de
regresso
a casa, e todos estão extenuados,
por mais um dia calorento,
onde as crianças tiraram
bom proveito, seguidas dos
adultos, revigorados pelas águas.
Jorge Humberto
17/04/11