No dia do nosso casamento
Poste uma flor no cabelo
E tu sorriste pra mim
Ai, quem me dera, tê-lo
Para sempre assim.
À cinta fino escarlate
Tu voltaste a sorrir
Só comparada com a arte
O verbo era advir
As meias eram de seda
Daquela enrodilhada
Eu fiquei com a boca seca
E tu toda envergonhada
Os sapatos eram altos
Que eu me vi pequeno
A culpa era dos saltos
Que destilavam veneno
Por fim o vestido
Havia de compor tudo aquilo
Eu senti-me despido
E tu sem apelido
Jorge Humberto
13/11/06