DA MINHA MOCIDADE

Nasce de meus olhos a minha

mocidade,

a liberdade

que experimentei, na vizinha

idade;

agora guardada a um canto,

sem saudade nem espanto.

Lembro que o mundo visitei,

cidades

e novidades

fascinantes, e desmistifiquei

dualidades;

agora envelhecido no verso

me revejo e ao meu inverso.

E, mais que a minha poesia,

só o amor

ou uma flor

em um jardim, no dia-a-dia,

em seu louvor;

porque, agora, sou mais eu,

e nada mais se entristeceu.

Jorge Humberto

15/03/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 15/03/2011
Código do texto: T2849593
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