NA SUAVIDADE DE TUA MÃO MULHER

Na suavidade da palma de tua mão,

imóvel mas fortificante,

susténs o Mundo e o que nele há,

seus jardins suspensos,

seus mares profundos,

o sorriso de uma criança, se te vê,

caminhando pra ela braços abertos.

Os teus rios insondáveis e silêncios,

ostenta-los nos traços

do teu rosto, nos olhos a horizonte,

nos segredos miúdos,

que tu guardas pra ti,

como pedras preciosas, no amarelo

do ouro, que manuseias sem pudor.

E humildemente em teus pulsos de

seda bem branquinha,

deslizam mãos de homens cativos,

desfolhando flores

cores derramando,

enquanto diriges tua feminilidade,

com graça de Mulher, amadíssima.

E do teu ventre Mulher, teus filhos,

vêem a luz primeira

e choram pelo teu colo e teu calor,

o olor sublime de tua

pele, olhos nos olhos,

enquanto te invade um sorriso tal,

que não tem tamanho, nem igual.

Bem hajas, Mulher! Por quem és!

Lutadora e sensual,

que o Universo, por bem, fez-te

assim. E és chama que

arde, sem que se veja,

quando tens de acudir aos teus ou

ser o femíneo ser, que tudo alcança.

Jorge Humberto

08/03/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 08/03/2011
Código do texto: T2835454
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.