NO COMPASSO DO VENTO
Já não me conduz as trevas.
Não mais rego flores caídas
Prostradas em abandono
Em jardins tristes de abissos!
O pesadelo se fora...,
Sem deixar névoas difusas
Das minhas noites de insônia
Em penumbras taciturnas.
Repousa em mim agora,
- pelo compasso do vento -,
Tons de ternura e éclogas
Num dourado realengo!
Depus das incertezas e dúvidas
Para viver sábias verdades,
Tão nítidas entre olhos vívidos
Evocando esplendente ágape!
Fragrâncias imaginárias...
A vida em cores e versos!
Inspiração cristalizada...
Pólos líricos de saudade!