REFULGENTE QUADRO

De algodão vestidas, nuvens

esparzam-se,

no suave toque do azul do céu.

Apesar do sol e do azuláceo,

uma tímida brisa,

agita-se nas folhas das árvores.

As flores estão abertas, expondo

suas corolas,

que lançam finos olores para o ar.

Leve, levemente, vai o rio no seu

lento caminhar,

rumando vagarosamente para a foz.

Ouve-se o gorjeio dos pássaros,

que encantam,

com seu canto, as pessoas que se passeiam.

Passam carros e aviões,

no dia-a-dia

das gentes, aglutinadas em fábricas.

Espirais, de fumo branco,

espargem

das chaminés e das taças de café.

Vindas de um pequeno bar,

onde se saboreiam

líquidos mediterrânicos e suas comidas.

Cá fora gatos tentam alcançar

borboletas,

que esvoaçam sua graça rodopiando no ar.

Risos de crianças, jogando seus

jogos,

espalham-se no éter, adormecido.

E assim criei um quadro, desenhando

versos,

nas ampolas de meus dedos.

Jorge Humberto

26/10/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 26/10/2010
Código do texto: T2579846
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