E a chuva cai...
O meu pensar se perde em sonhos
quando contemplo enternecido
entre espaçadas árvores,
nas tardes quietas primaveris,
o céu azul esmaecido
- na distância do horizonte -,
em sua infinda beleza
impregnada de mistérios e nostalgia,
como um relicário celestial de amores
e atemporais poesias!
Um eflúvio encantador
envolve a Terra de intensa ternura,
quando o magneto crepuscular
dá lugar a um rútilo arco-íris
que enuncia o arrebol
e, mansamente,
os primeiros pingos de águas
cristalizadas e puras,
banham as colinas de longínquos rincões,
trazendo a paz desejada
a todos os corações!