ÁGUAS CALMAS

Águas calmas desaguam nos meus braços,

e minhas mãos

são de flores, que desabrocham nos riscos

do sol, acabado de nascer.

Levo a cidade solta no meu cabelo

e percorro as

ruas e ruelas, com um sorriso franco no

rosto, de palavras elevadas ao Universo.

Minha casa não tem telhado, todo eu sou

ar, terra, mar e céu,

que se esparge pelas aldeias corriqueiras,

com gente descansando à sombra das árvores.

Vejo para além do que me é possível alcançar

e todas as sombras

e silêncios, são meus, com a palavra liberdade,

cerrando o meu punho.

Perco-me a meio a pessoas, que deambulam

pela metrópole,

com os seus afazeres, riquezas ou pobrezas,

que tanto me dói, como um corpo jazendo no chão.

Flores espezinhadas pela ignorância, deixam-me

quedo, e,

crianças, na sua infância macia, brincam para

afastar a fome e olvidar seu degredo.

Faz falta o amor aqui, a compreensão e admirar

a natureza,

nas suas mais lindas formas e unidos iremos

fazer um Mundo melhor, para nos enamorarmos.

Jorge Humberto

18/10/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 18/10/2010
Código do texto: T2563625
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