BORBOLETA QUEM TE VIU

Borboleta, borboleta,

de cores graciosas

e voo majestoso,

que procuras de flor

em flor o néctar da

vida, vem do Universo

a tua graça e o teu nome.

És tal folha ao vento,

dançando consoante

a sua forte vontade…

um coração a bater

compassadamente,

na brisa da tarde,

por testemunho.

Colhes o pólen em

cada flor que pousas

tuas asas pintadas

da cor do mundo…

e engraçada vais de

pontinho em pontinho,

nas pétalas coloridas.

Tua vida é efémera

mas transcendente,

quando se dá a

metamorfose, de

lagarta comilona,

para borboleta frágil

e de gosto refinado.

Borboleta, borboleta,

deu-te o Universo a

escolha e tu agradecendo

enfeitaste os olhos dos

namorados, pousando

de mansinho, na pequena

mão de uma criança.

Ah, borboleta, de meu

encanto, fizeram-te

assim tão bela para dares

cor ao mundo cinzento

e teimas em enfrentar

a alvorada, nua e crua,

com tuas frágeis asas.

Jorge Humberto

31/08/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 31/08/2010
Código do texto: T2470291
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