BRANCAS SÃO AS NUVENS

Deixo-me envolver pela suave melodia

de uma tarde de primavera.

Comigo estão as andorinhas e os

pardais que voam alto lá no céu.

As nuvens são esgarçadas e desenham

pontos no ar e formas

geométricas desniveladas,

que tolhem meus olhos embevecidos.

Chamo pelo teu nome que em

silêncio se encontra, pendurada

na janela de tua casa observando

também tu o azul celeste.

Azul que vai nos azuis nesta tarde

de primavera, com as aves a chilrear

tons primaveris donde brota

o sol ante os nossos olhos.

Olhos de bem despertar os nossos

que nos fazem sonharem para além

da imaginação própria de cada um

e que se transforma num sonho a dois.

As formas das nuvens não se compõe

por muito tempo visto que

está uma brisa que faz dispersar

os novelos de nosso olhar.

Em baixo corre um rio para donde as águas

o levam, em sons cristalinos

corre para o seu porto

um tanto distante de nós.

O sol brilha como nunca o vimos

e o tempo está quente, de forma

que as árvores parecem bêbadas

no clamor do calor esfusiante.

E nós misturamo-nos com a natureza

e puxando daqui e dali fazemos

desenhos nas nuvens

que se parecem com o branco do algodão.

Fazemos animais, pessoas, carros

aviões que ultrapassam a velocidade

do som e quando nos chateamos

passamos a mão e apagamos tudo.

A tarde já se junta à noite

e a lua de prata luz no céu clamando

pela noite estrelada, enquanto nós

fechamos as janelas entre suspiros.

Jorge HUmberto

12/04/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 13/04/2010
Código do texto: T2194444
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.