MULHER...

Como ventos tempestuosos

agredindo docilmente o meu ser.

Minha sensibilidade reage

festivamente

tão desenfreada,

igual ao poder da agitação do mar.

Igualmente esplêndida e insolente,

como a ação rigorosa de um tsunami.

Agindo submissa com ímpeto!

Na mesma magnitude

do alvoroço da atmosfera;

às vezes acompanhada

de chuvas fortes

e trovoadas.

Fico densamente indefeso,

diante iminente “calamidade”.

Meu coração dispara eruptivo,

emitindo lavas e cinzas.

Sentimento incontrolável,

idêntico à massa de neve,

que desagrega das montanhas e despenha.

É como após uma tempestade, inevitável,

acompanha uma afável abonança.

No instante antecedente

a esse turbilhão de emoções,

meu ser sã e salvo jubila.

Mulher...

Sua aparição é-me grácil,

imperiosa:

você é tal qual a brisa matinal.