Por Existir
Toda minha inquietação,
todo o meu desassossego.
Como pode o espírito
de potro selvagem
acomodar-se a um corpo?
Quero abrir
todas as portas e janelas
para entender minha existência.
Quero sentir a força do vento
contra meu corpo
para descobrir
sua alma de brisa suave.
Quero ter
as fortes asas da águia
para poder fugir
desta ameaçadora prisão.
A prisão do dia-a-dia.
O destino
que aprisiona-me nesta vida.
Busco na visão
do infinito horizonte imaginar
que ali estão os caminhos.
Talvez estradas reais
ou meras linhas imaginárias,
mas sempre parecendo
guardar oculta promessa,
num jogo
entre ilusão e realidade.