Toda minha inquietação, todo o meu desassossego. Como pode o espírito de potro selvagem acomodar-se a um corpo? Quero abrir todas as portas e janelas para entender minha existência. Quero sentir a força do vento contra meu corpo para descobrir sua alma de brisa suave. Quero ter as fortes asas da águia para poder fugir desta ameaçadora prisão. A prisão do dia-a-dia. O destino que aprisiona-me nesta vida. Busco na visão do infinito horizonte imaginar que ali estão os caminhos. Talvez estradas reais ou meras linhas imaginárias, mas sempre parecendo guardar oculta promessa, num jogo entre ilusão e realidade.