NA LINHA DO HORIZONTE
Lá onde se levanta ou se deita o sol,
entre a linha que define o horizonte,
numa perfeita sintonia,
sentado nas areias da praia, observo,
o quão subtil é a natureza.
De mil sonhos, preencho meus olhos,
seja de noite ou seja de dia,
imaginando, não o que posso ver mas
tudo aquilo, que me é negado ver,
para além do possível, ao ser humano.
Sabedor de tudo isso, dou por mim a
inventar novos mundos, outras
realidades, quem sabe povos mais
evoluídos, vingando na linha do horizonte,
suas casas, livres de guerras ou de invejas.
E assim, enquanto brinco com as areias,
da praia, nasce e morre o sol, nasce e morre
a lua, vezes sem conta, cumprindo sua
função, que, orgulhosamente, o Cosmos,
deixou-nos, por nossa glória, a se preservar.
E como, por um qualquer encantamento,
mergulho cheio de vida, nas águas do mar!
Jorge Humberto
26/03/09