Não se faz necessário intitular

Não se faz necessário intitular

Estou muito feliz.

Há harmonia no meu desespero,

Nas minhas buscas,

Nas minhas provações.

Hoje não sinto um efeito acumulativo ao todo,

Mas venho sentindo amadurecimento

A cada dia um sinal dele,

Todo único em mim.

Não por ser única

Mas por gostar da unicidade

Da sensação de estar mais madura,

A cada dia.

Acho que ando falando tanto que estou bem

Que acredito estar, realmente.

Não é tristeza, nem agonia.

É um certo zelo pela minha harmonia interior.

Estou feliz.

Eu realmente estou feliz,

Não é falsidade minha,

Agora mesmo sinto um daqueles calores que dá no peito,

De felicidade,

E o arrepio que percorre pelo corpo,

De emoção.

Aquela lágrima que ameaça a pular,

Quando se tem a prova do amor de alguém.

Quando você se encontra lá no chão,

E alguém que você ama te pega pelo braço,

Te levanta do chão envolvendo-te num abraço confortável,

E diz, que tudo isso vai passar logo.

Gosto daqueles que me incluem em sua fé,

Que me incluem em suas vidas.

Aquela sensação agradável de lágrima sem nó

Me toma o corpo quando lembro do amor

Daquele que me toma nos braços

E me diz que está paciente.

Sinto harmonia nessa paciência,

Amo essa paciência.

Estou feliz... Muito.

Lembro dos conselhos que me deram os poucos

Gosto dos conselhos,

Gosto dos abraços.

Eu estou feliz... Estou sim, eu sinto a felicidade em todo meu corpo.

Sinto a harmonia do ser, estar e existir em mim.

Se demoro tanto a deixar que me leiam

Se minhas muralhas são opressivas a muitos,

Sinto que estou bem aqui dentro,

Não protegida, não...

O faço porque sou eu, de verdade.

Nem simpática nem arrogante.

Sinto harmonia na minha maneira de viver.

Sinto paz a contaminar minhas veias,

E uma incomum emoção de estar aqui,

Mesmo que sozinha, sei, que há alguém,

Há mesmo alguém erguendo a mão

E se esforçando, mesmo que longe,

Para me ver lá em cima, sempre feliz.

Além de alegre com sorrisos na casca.

Obrigada a todos aqueles que se importam comigo;

Muito obrigada àqueles que me deixam que eu me importe com eles;

E mais, muitíssimo obrigada àqueles que me permitiram isso um dia ser possível.

Pois procuro deixar isso claro...

Muito obrigada por fazerem parte do que me deram,

E eu carinhosamente chamo de “vida”.

Sabrina Vieira
Enviado por Sabrina Vieira em 11/03/2009
Reeditado em 10/10/2012
Código do texto: T1481717
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