POETA… ÉS TUDO!

Quisera eu ser um poeta, para só

assim, levar capacidade, de me

transformar, num belo pássaro,

daqueles, que nunca se cansam,

planando por cima das ondas do

mar, quais flechas, lançando-se

às águas, buscando o novo peixe.

E entre o rebentamento das ondas,

desde o nascer do sol, até ao sol se

pôr, ali fazer minha vida, entre

rochas e espuma, qual fosse então um

cavalo, que em liberdade corresse, em

uma verdejante planície, escutando ao

longe, o som sumido, do abismo.

Não resistindo, ao apelo, do imenso

rio, entro cada vez mais, mar adentro,

desafiando temíveis ondas e ventos,

que, quase, me derrubam, do céu,

até ao azul profundo, mais abaixo,

que tudo sacode, à sua passagem,

causando enorme temor, só de ver.

Tal imperturbável, senda da natureza,

apesar de tudo – e nascido que fora,

para ser um albatroz –, era apenas a minha

vida e que eu havia escolhido, pela

pena do poeta, que, obra realizada,

partiu, para nunca mais, aquém mar,

ou além-mar, indo satisfazer fantasias.

Bem-dito, sejas, ó poeta! que acolhes,

dentro de ti, infindáveis mundos,

fazendo do banal, algo indescritível e

de imenso valor. Trazendo sonhos, a

quem há muito, já os perdeu, ante a

dura realidade, onde a tua imaginação

criadora, tem de ser cultivada, sempre.

Jorge Humberto

06/01/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 07/01/2009
Código do texto: T1372581
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