DE NOVO EIS O OUTONO

Timidamente chegou-se o Outono,

vindo detrás das árvores e das

esquinas furtivas, duma cidade em

ebulição, transmutação irrevogável.

Há um marulhar intenso, no verde

das folhas, e, um balancear típico,

na fragilidade da ramagem, como

que adivinhando seu futuro breve.

Já as noites, são de pouca duração,

e o agasalho cobre agora as gentes,

deixando-lhes aquela sensação

confortável, de quem se precaveu.

Não faltará muito para que as folhas

iniciem o processo, de muda de cor,

num espectáculo para olhos etéreos,

revelando-nos, a face da natureza.

E atapetados os chãos, como algodão

estaladiço; quebrado o subtil silêncio,

abrem-se janelas, a ver quem passa,

esquilos esquivos guardando avelãs.

Jorge Humberto

22/09/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 23/09/2008
Código do texto: T1192704
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