CRISTALINO

E cai a noite, por sobre o rio,

cobre-o a lua com seu manto,

e eu não sei se choro ou sorrio,

diante de tamanho encanto.

Salpicadas d’estrelas, as águas,

correm serenas, mar adentro,

vai-se a solidão e vão-se as mágoas,

absorto que estou e atento…

Ao desenrolar da natureza,

que me faz parte integrante,

dos caniçais a grand certeza,

de em tudo ver meu semelhante.

E enquanto o rio corre seu torpor,

buscando rumo e serventia,

há um chamamento ao amor,

que virá com o nascer do dia.

Jorge Humberto

04/06/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 05/06/2008
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