O TEMPO DE UM ADM

O TEMPO DE UM ADM

 

O tempo não para quando eu decido,

Pois é sempre assim minha escola,

E administro o meu e até do amigo,

Mas gesto o futuro na certa bitola.

 

Gerir patrimônio e também buscá-lo,

Faz parte do show que tanto reclama,

E desde essa busca por cada regalo,

Estamos na lida que nos proclama.

 

Foi século vinte, de oitenta e sete,

Que veio setembro em fim de festa,

Em um hercúleo jogo que teve reset,

Mas formou nossa casta nada modesta.

 

Juntaram judeus e até portugueses,

Com a graça de ter o véu da Bahia,

Casando etnias, patrões e burgueses,

Mostrando o vigor com a fidalguia.

 

Mesclaram Santos, Portela e Braga,

E também Cardozo, Soares e Ornelas,

Saldanha, Chehade, Kelmer e Avena,

Ou Chetto, Fahel, Parente e Bandeira.

 

Há mais sobrenomes e seus corações,

Pois lá na escola só haviam amigos,

Mas veio Barros, Saback e emoções,

Pois na Bahia, Vitória é umbigo.

 

Então vem setembro e vinte dois,

Sendo de trinta e cinco anos atrás,

Contando histórias de hoje e depois,

Matando saudades do que nos apraz.

 

É nesse debate, que marca setembro,

Que vejo e revejo a minha saudade,

De Administrador em todos momentos,

Nas trilhas da vida, mas sem vaidade.