O PAI BANIDO
(Samuel da Mata)

Julgado fora em todas suas falhas
Justificativas a elas nunca houve
Não há honra, mérito ou medalha
A quem aos filhos educar não soube

Nas minhas carências, quase sempre ausente
Os meus desejos, quase sempre renegados
Aos meus sonhos, questionava mui resistente
Como se eu fosse, um burro ou retardado

Cresci revolto, tratando como a nada
A quem a vida me impôs como tutor
E seus cuidados que tanto me enojou

Só quando em paixão mui desvairada
Tornei-me de uma criança o genitor
Eu soube quanto o velho a mim amou
Samuel da Mata
Enviado por Samuel da Mata em 27/10/2013
Reeditado em 07/09/2015
Código do texto: T4543913
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