O PAI BANIDO
(Samuel da Mata)
Julgado fora em todas suas falhas
Justificativas a elas nunca houve
Não há honra, mérito ou medalha
A quem aos filhos educar não soube
Nas minhas carências, quase sempre ausente
Os meus desejos, quase sempre renegados
Aos meus sonhos, questionava mui resistente
Como se eu fosse, um burro ou retardado
Cresci revolto, tratando como a nada
A quem a vida me impôs como tutor
E seus cuidados que tanto me enojou
Só quando em paixão mui desvairada
Tornei-me de uma criança o genitor
Eu soube quanto o velho a mim amou
(Samuel da Mata)
Julgado fora em todas suas falhas
Justificativas a elas nunca houve
Não há honra, mérito ou medalha
A quem aos filhos educar não soube
Nas minhas carências, quase sempre ausente
Os meus desejos, quase sempre renegados
Aos meus sonhos, questionava mui resistente
Como se eu fosse, um burro ou retardado
Cresci revolto, tratando como a nada
A quem a vida me impôs como tutor
E seus cuidados que tanto me enojou
Só quando em paixão mui desvairada
Tornei-me de uma criança o genitor
Eu soube quanto o velho a mim amou