Feliz soneto novo

Ouço os fogos e vejo o brilho artificial em um céu de promessas

Nuvens de auto-crítica que em poucos dias irão se dissipar

Zombaria coletiva na forma de uma festa

Enganos intencionais que nos permitem sonhar

Ventos de esperança sopram nesta peça

Agitam bandeiras difíceis de carregar

Invadem os lares, sopram simplesmente por soprar.

Divina comédia em uma retrospectiva futurística

Ostenta a mudança que dificilmente irá se concretizar

Ziguezagueando em uma existência agnóstica

Espero que o mundo, apesar dos pesares, possa continuar

Vagar entre escolhas de uma vida pouco eclética

Evitar a loucura de uma trama completamente cética

Muito embora nada aconteça, para alguns o mundo irá mesmo acabar.

MAD (vulgo Rafael M.B.)

http://universodomad.blogspot.com/