A qual universo você está aprisionado? Ao universo que você nasceu, ou a um universo que você criou? A um universo que alguém escolheu, ou ao universo que você sempre desejou?Universos paralelos existem! Talvez não em outros planos, mas ao menos na sua mente. Às vezes habitam por engano o seu próprio inconsciente. Por isso, através das palavras vos convido a explorar este universo que é apenas um dentre vários outros universos. Não é o universo que nasci nem aquele que por mim escolheram. É um universo que ainda se cria e a todo tempo se transforma. Um universo que aos poucos ganha forma. Um universo que você faz parte, antes mesmo de entrar. O “Universo do Mad”, um universo onde não me canso de viajar.
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O cara
Sou aquele cara que duvida dele mesmo, que se ofende com a própria resposta, mas nem por isso deixa de se perguntar. Um cara cativo e ao mesmo tempo nem tanto. Aquele que conquistará e irá querer sua atenção por alguns momentos, mas que de uma hora para outra poderá simplesmente querer se isolar. Sou aquele que está preso em um mundo, porém livre na mente e essa liberdade nenhuma grade poderá aprisionar. Sou o cara que abre a geladeira de madruga e é capaz de tomar uma Sprite 2 L no gargalo, só porque não há ninguém olhando. Porém sei que minha consciência vê e por isso o faço, porque não vejo nesse gesto nenhum ato infando. Meu choro é simplesmente alheio a qualquer critério. Choro ao ver a entrega de uma casa no Caldeirão do Hulk, contudo sou incapaz de chorar diante de momentos com todo potencial de serem tristes. Vai ver sou assim, positivo até no choro. Chorar diante de uma simples fagulha de felicidade, mas não derramar uma lágrima sequer para o pior dos incêndios de tristeza. Sou às vezes jovem, às vezes experiente, nunca velho. Um cara que acima de tudo acredita nas próprias loucuras e por isso as escreve... e por isso as mostra. Um teimoso que lê o que escreve e acha genial, mas ao re-ler no dia seguinte acha que tudo não passou de um devaneio habitual. Mesmo assim continua a escrever, a ler, e a re-ler. Um ser que não duvida de nada e ao mesmo tempo faz questão de não acreditar em tudo. Um terráqueo freqüentador da lua que não abre mão de acreditar em seus próprios sonhos porque sabe que este é o primeiro passo para que os outros também acreditem. Um cara que vê na loucura um ato de coragem e que vê na falta de coragem uma completa loucura. Que em determinados momentos tem a certeza de que ama e no instante seguinte a dúvida de nunca ter amado. Um gajo com paladar extremamente apurado (isso na minha visão é claro, na visão dos outros um chato que não come nada). Aquele cara que não consegue fazer nada sem paixão e por isso acaba se apaixonando por tudo que faz. Um cara consciente de que no jogo da vida existem muito mais oponentes do que aliados e mesmo assim, sob quaisquer que forem as circunstâncias, não cogita trocar de lado. Destes que se contentam com pouco, mas fazem questão de muito. Um cara que vive à medida que aprende e quanto mais ele aprende mais ele gosta de viver e, consequentemente, de aprender. O mesmo cara que sabe que um dia irá morrer e por isso não faz questão nenhuma de sobreviver. Um amante do cômico que não se importa muito com a possibilidade das coisas darem certo ou errado, até porque, no final, no pior dos piores, eu apenas irei ascender o cigarro na inexistência, tragar ele bem fundo e liberar a fumaça da vida com um sincero sorriso de satisfação.
Enfim, sou como você, como ele, como aquele outro cara... sou apenas mais um cara, mas talvez o que me diferencie é que eu tenho a coragem de acreditar que um dia eu realmente posso ser “O cara”.
MAD (Vulgo Rafael M.B.)