VISÕES SÓLIDAS DE BRASÍLIA
Vejo edifícios de concretos,
Ruas planas e jardins suspensos
Nos meus sonhos incertos,
Nebulosos e tensos...
Vejo moradas de deuses modernos
Com espaçonaves que vigiam currais
Dominando cidadãos enfermos
Sem formação morais.
Vejo que o homem não lembra o mesmo erro,
Fascinado e dominado pelo masoquismo
Na paciência do seu próprio enterro,
Pregando e disseminando o ateísmo.
Vejo anúncio de orações inválidas
Sufocadas pelo egoísmo
Entre nações devastadas
De um falso patriotismo.
Vejo tolos que não conseguem ver as luzes
E finalmente vangloriam sua terra
Marcadas com sinais e cruzes
Na beira das estradas, em guerra.
Vejo desenhos e suas asas
No setor norte e setor sul
Entre ruas, eixos, vias e casas,
Gerando W, L, SQ em um céu azul.
Vejo em uma esplanada de mistérios
O lugar certo para o empíreo,
Eliminaram a natureza sem critérios
E implantam o império.
Vejo que tornam minhas visões sólidas
Nos edifícios e arranha céus,
Vendem ilusões válidas
Para famintos e plebeus.
Vejo muitas estrelas em ombros insólitos
E um céu extremamente único,
Planos, aeroplanos, pilotos,
Sem poder público.
Vejo sonhos e riquezas nomeadas
Por indicações a puro sangue e vitalícias,
Famílias e vidas destruídas
Por imposições de milícias.
Vejo a justiça em prol do luxo
Com defesas inexplicáveis,
Pobres empurrados para o lixo
Em defesa dos recicláveis.
Vejo uma câmera de falsos profetas
Que vangloriam e divulgam seus feitos
Vivem de luxuria, viagens e festas
E escondem em quatro paredes seus defeitos
Vejo Brasília com cinquenta anos
Em desgoverno e sem ética moral,
Um grande povo sem planos
Preso em um grande curral.
Vejo pobres cheirando cola,
O crack comandando o inferno,
Meninos e meninas longe da escola
E político desviando valores interno.
Vejo mas não finjo e não fujo
E não vou sair de Brasília,
Nem procurar esconderijo
Vou educar minha família
Para conter esta sangria
Debater uma nova Brasília
Com coragem e alegria.
Autor: Noël Semog em homenagem aos 50 anos de Brasília
Vejo edifícios de concretos,
Ruas planas e jardins suspensos
Nos meus sonhos incertos,
Nebulosos e tensos...
Vejo moradas de deuses modernos
Com espaçonaves que vigiam currais
Dominando cidadãos enfermos
Sem formação morais.
Vejo que o homem não lembra o mesmo erro,
Fascinado e dominado pelo masoquismo
Na paciência do seu próprio enterro,
Pregando e disseminando o ateísmo.
Vejo anúncio de orações inválidas
Sufocadas pelo egoísmo
Entre nações devastadas
De um falso patriotismo.
Vejo tolos que não conseguem ver as luzes
E finalmente vangloriam sua terra
Marcadas com sinais e cruzes
Na beira das estradas, em guerra.
Vejo desenhos e suas asas
No setor norte e setor sul
Entre ruas, eixos, vias e casas,
Gerando W, L, SQ em um céu azul.
Vejo em uma esplanada de mistérios
O lugar certo para o empíreo,
Eliminaram a natureza sem critérios
E implantam o império.
Vejo que tornam minhas visões sólidas
Nos edifícios e arranha céus,
Vendem ilusões válidas
Para famintos e plebeus.
Vejo muitas estrelas em ombros insólitos
E um céu extremamente único,
Planos, aeroplanos, pilotos,
Sem poder público.
Vejo sonhos e riquezas nomeadas
Por indicações a puro sangue e vitalícias,
Famílias e vidas destruídas
Por imposições de milícias.
Vejo a justiça em prol do luxo
Com defesas inexplicáveis,
Pobres empurrados para o lixo
Em defesa dos recicláveis.
Vejo uma câmera de falsos profetas
Que vangloriam e divulgam seus feitos
Vivem de luxuria, viagens e festas
E escondem em quatro paredes seus defeitos
Vejo Brasília com cinquenta anos
Em desgoverno e sem ética moral,
Um grande povo sem planos
Preso em um grande curral.
Vejo pobres cheirando cola,
O crack comandando o inferno,
Meninos e meninas longe da escola
E político desviando valores interno.
Vejo mas não finjo e não fujo
E não vou sair de Brasília,
Nem procurar esconderijo
Vou educar minha família
Para conter esta sangria
Debater uma nova Brasília
Com coragem e alegria.
Autor: Noël Semog em homenagem aos 50 anos de Brasília