(English version after the Portugues text)
Em comemoração ao aniversário de minha libertação do ilegal, infame, destrutivo e cruel aprisionamento a que fui submetida de julho de 2005 a 31 de maio de 2006, e contra o qual não tive defesa e jamais obterei justiça ou restituição.
Contudo, graças ao apoio e à perseverança de um único homem fiel a si mesmo, que ousou acreditar em mim quando todos me voltaram as costas, já que meus filhos estavam na guerra do Iraque e nada podiam fazer, saí do inferno depois de 11 meses aprisionada. A ele dedico este poema.
Phoenix II
Para SÉRGIO BETTONI
Dalva Agne Lynch
Uma parte de mim caiu ao chão.
Talvez aquela que dançava
certamente a que tinha asas.
Fecharam-me em grades
ao som dos bombardeios
do clicar da ganância
de línguas de santarrões
de clamores por direitos
- e há direito de se desamar?!
Proibiram-me a caneta
o pincel
a leitura
o abraço.
Drogaram-me a percepção
os sentidos
a vista.
Mas do fundo da Terra
- que é o que sou -
ergueram-se-me as palavras
trôpegas
claudicantes
irrevogavelmente vivas.
Ah, amigo!
Porque me acreditaste
outra vez renasci pássaro.
E alço-me ao Infinito
nas penas de ser apenas
poeta
em turbilhão.
ENGLISH VERSION
Phoenix II
To SÉRGIO BETTONI
Dalva Agne Lynch
A part of me fell to the ground.
Maybe the one who danced
certainly the one who had wings.
They locked me behind bars
Em comemoração ao aniversário de minha libertação do ilegal, infame, destrutivo e cruel aprisionamento a que fui submetida de julho de 2005 a 31 de maio de 2006, e contra o qual não tive defesa e jamais obterei justiça ou restituição.
Contudo, graças ao apoio e à perseverança de um único homem fiel a si mesmo, que ousou acreditar em mim quando todos me voltaram as costas, já que meus filhos estavam na guerra do Iraque e nada podiam fazer, saí do inferno depois de 11 meses aprisionada. A ele dedico este poema.
Phoenix II
Para SÉRGIO BETTONI
Dalva Agne Lynch
Uma parte de mim caiu ao chão.
Talvez aquela que dançava
certamente a que tinha asas.
Fecharam-me em grades
ao som dos bombardeios
do clicar da ganância
de línguas de santarrões
de clamores por direitos
- e há direito de se desamar?!
Proibiram-me a caneta
o pincel
a leitura
o abraço.
Drogaram-me a percepção
os sentidos
a vista.
Mas do fundo da Terra
- que é o que sou -
ergueram-se-me as palavras
trôpegas
claudicantes
irrevogavelmente vivas.
Ah, amigo!
Porque me acreditaste
outra vez renasci pássaro.
E alço-me ao Infinito
nas penas de ser apenas
poeta
em turbilhão.
ENGLISH VERSION
In celebration of the aniversary of my release from the infamous, illegal and destructive imprisonment I was submited to from 2005 to 2006, and against which I had no defense and will never get justice or restitution.
However, thanks to the support and perseverance of a man true to himself, who dared to believe in me when everyone else turned their backs on me, since my children were in the Iraq War and could do nothing, I was freed from hell after 11 months imprisoned. To him I dedicate this poem.
Phoenix II
To SÉRGIO BETTONI
Dalva Agne Lynch
A part of me fell to the ground.
Maybe the one who danced
certainly the one who had wings.
They locked me behind bars
at the sound of falling bombs
of the clicking of greed
of sanctimonious´tongues
of claims for rights
- but is there any right
to unlovelesness?!
of the clicking of greed
of sanctimonious´tongues
of claims for rights
- but is there any right
to unlovelesness?!
I was forbiden the pen
the paintbrush
the reading
the hugs.
They drugged my perception
my senses
my sight.
the paintbrush
the reading
the hugs.
They drugged my perception
my senses
my sight.
But from the depts of the Earth
- which is what I am -
Words were raised
stumbling
lame
but irrevocably alive.
- which is what I am -
Words were raised
stumbling
lame
but irrevocably alive.
Oh my friend!
Because you´ve believed
I was reborn a bird.
And I soared high
Because you´ve believed
I was reborn a bird.
And I soared high
to the Infinite
on the feathers of a poet
on the feathers of a poet
unfettered at last.
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