OUTONO EM MIM
Sinto o outono na própria pele,
nos primeiros arrepios
trazidos pelo vento quase frio.
Também o sinto no meu olhar,
nas compridas e melancólicas sombras
do sempre antecipado entardecer.
Assim, o outono me chega,
em dias curtos e límpidos,
luz perfeita, que não mais me cega.
Ó doce estação dos frutos.
Por aqui, debaixo do Equador,
também de infinitas flores.
Outono, para o amor,
melhor que a primavera,
com suas frescas e longas noites,
esquecidas do rebuliço do verão,
coroadas de paz e de silêncios.
- por JL Santos, em 31/03/2008 –