... Ainda que faltem Estrelas!

O Sol e a Lua expõem a beleza do céu,

Da Terra,

Do mar,

De perto ou de longe,

Através das nuvens,

Em novelos de algodão,

Ou da chuva,

Caindo na campina verde;

Do dossel de copas aparadas das árvores,

No topo da colina;

Da chaminé fumegando,

Inundando a relva rala no baixio;

Dos pássaros,

Nos pomares;

Das borboletas,

Nos jardins;

Por cima ou por baixo,

Lindo e colorido,

Bucólico mosaico sombreado.

Mar(i)Ana

Estouro de barragem,

Telhados submersos,

Crânios arrastados;

Lama química indomável,

Cantou uma canção insolente,

Dançou penhasco abaixo,

Lambeu tudo,

Sem piedade.

O que provém do homem,

São anéis incendiários,

Para os dedos do homem,

Queimar.

Desertificação

A honestidade,

juntamente com a felicidade, humildade, igualdade e justiça, uniram-se

para viajar o mundo;

E nem bem decolaram,

Já estão assustadas com o que vêem pelos caminhos,

Mares,

campos,

Cruzes nas rodovias,

Velórios sem lágrimas,

Cidades putrefadas,

Odores nos ares.

Deveras, a felicidade é mutante,

Andante,

E está aqui, ali, acolá;

Mas justiça, humildade, igualdade e honestidade,

São estacionárias,

Próprias de cada peito,

Residem no cor(ação),

Não saem do lugar.

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 22/02/2024
Reeditado em 22/02/2024
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