... Ainda que faltem Estrelas!
O Sol e a Lua expõem a beleza do céu,
Da Terra,
Do mar,
De perto ou de longe,
Através das nuvens,
Em novelos de algodão,
Ou da chuva,
Caindo na campina verde;
Do dossel de copas aparadas das árvores,
No topo da colina;
Da chaminé fumegando,
Inundando a relva rala no baixio;
Dos pássaros,
Nos pomares;
Das borboletas,
Nos jardins;
Por cima ou por baixo,
Lindo e colorido,
Bucólico mosaico sombreado.
Mar(i)Ana
Estouro de barragem,
Telhados submersos,
Crânios arrastados;
Lama química indomável,
Cantou uma canção insolente,
Dançou penhasco abaixo,
Lambeu tudo,
Sem piedade.
O que provém do homem,
São anéis incendiários,
Para os dedos do homem,
Queimar.
Desertificação
A honestidade,
juntamente com a felicidade, humildade, igualdade e justiça, uniram-se
para viajar o mundo;
E nem bem decolaram,
Já estão assustadas com o que vêem pelos caminhos,
Mares,
campos,
Cruzes nas rodovias,
Velórios sem lágrimas,
Cidades putrefadas,
Odores nos ares.
Deveras, a felicidade é mutante,
Andante,
E está aqui, ali, acolá;
Mas justiça, humildade, igualdade e honestidade,
São estacionárias,
Próprias de cada peito,
Residem no cor(ação),
Não saem do lugar.