O poente Sobre O Meu Existir
O poente sobre o meu existir
Transpondo raios por todo o meu ser
Meu cerne a se enternecer
Devaneia o meu pensar no porvir
Vislumbro teu olhar no céu fulgir
Retatando o lume da nossa paixão
Lampejos, fragores e grande emoção
Saudando os momentos de carinho
Sob o clarinar dos passarinhos
Onde o prazer teve sua explosão
Desolada sobre o cás da saudade
Todo o meu ser projetado no céu
Sob o por do sol nesse rubro véu
Minha alma perdida na eternidade
Meu olhar distante sem alacridade
Mente buscando o amor de outrora
Que pelo meu ser, ainda hoje aflora
Raios poentes desse sol dourado
Digam-me onde está o meu amado
Eu o aguardo como a luz da aurora
Não existo, enquanto peregrino
Pois saio de mim e me largo sozinha
Alheia ao que de mim se avizinha
O tempo é audaz ligeiro e felino
Quem sabe tratou com o meu destino
E levou meu amor
Para longe de mim
Deixando uma saudade sem fim
Daquele poeta, gentil e garboso
Homem Imponente, portento e primoroso
Lirio do campo flor de alecrim
Kainha Brito
Direitos Autorais Preservados
Lei n° 9.610
Vejo-te, no horizonte retratado
Os teus lábios tem a cor do sol
Teu sorriso adornando o arrebol
E em tua boca a flor do serrado
Em ti um oasis, no etéreo sagrado
No horizonte eu pouso o meu olhar
Deitando em seu leito, meu pensar
Contemplo o teu rosto no universo
Sobre ele derramo mais um verso
Nesse rubro painel crepuscular
Kainha Brito
Direito Autorais Preservados