QUANDO OS COLIBRIS VOAREM
Eu olhei a relva primaveral
estendendo-se n'areia outonal
para além dos amores de verão
perdidos em cantos de inverno.
A musicalidade em choro
despedia-se d'amor
que como pirilampos
piscavam em luzes
o findar do adeus
num clamor só meu.
Ó tristeza, acalanta-me n'alma
a perda da paixão nua
e, ao despir-se em voo,
não me deixes alado
para que os colibris não chorarem
no leito da minha morte amada.