QUANDO OS COLIBRIS VOAREM

Eu olhei a relva primaveral

estendendo-se n'areia outonal

para além dos amores de verão

perdidos em cantos de inverno.

A musicalidade em choro

despedia-se d'amor

que como pirilampos

piscavam em luzes

o findar do adeus

num clamor só meu.

Ó tristeza, acalanta-me n'alma

a perda da paixão nua

e, ao despir-se em voo,

não me deixes alado

para que os colibris não chorarem

no leito da minha morte amada.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 06/04/2021
Código do texto: T7225452
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