VIOLÃO
Quero falar da passagem,
caminhos sem estradadas
alado como pássaros
no rumo do infindo ser.
Quando eu falo não escutam-me
são surdo, paralisados no tempo
sem um se houvesse amanhã,
descalços, caminhando sozinhos.
São estranho em mim mesmo
o refrão que toca a última canção
ao som dos bandolins mudos
sem o despertar da certeza.
Quão maravilhoso dia
sol se pondo no céu
rasgado pela noite
sem palavras à dizer.