Lição I (Sustentabilidade Socialista)
No sobe e desce,
A insociável Aranha,
Tece a teia.
Sem pressa,
Esparrama o corpo na espreguiçadeira,
À espera da presa,
Que desavisada,
Cairá na armadilha,
Formato de peça.
Com as folhas presas às tesouras,
Avôs, filhos e netos,
Pelo carreiro,
Em fila indiana,
Vão as Formigas.
Na florada outonal amarela,
Disciplinadamente,
O enxame de abelha zumbiza em aquarela.
Isolados ou em ajuntamento,
Favos de mel,
Aos que trabalham,
É a recompensa.
E você, bicho-Homem,
Ser número Um no Reino,
Sabendo o que é sustentabilidade,
O que fez para fazer valer a vossa sabedoria, conhecimento e tal?
Não há nada mais socialista,
Que a divisão iqualitária das tarefas,
Redundando em econômia,
Superação das adversidades,
Em momento crucial.
Fim do Começo?
Desde quando cães e gatos importados passaram ser carregados no colo,
comem ração de salmão,
são tosados e adornados com lacinho de fita, os animais tomba e remexe-latas viraram feras e estão abrindo as catacumbas do holocausto.
Todo final de tarde sai uma nova contagem,
E se estás sem palpite para um fezinha no jogo de bicho e na loteca Estadual e Federal,
As dezenas, centenas, milhares contabilizadas diariamente podem ser a inspiração.
Nada é tão supérfluo e inútil como os que estão em quarentena, porque garis, coveiros, agricultores, padeiros, caminhoneiros e outros poucos vira-latas, são atividades essenciais.
Não enrole o Tempo,
Como enrolas novelo de lã,
Não o enrole.
Passa um mês,
Uma década;
Um século;
Um milênio e o Tempo é sempre recém nascido;
Idoso e decrépito é quem assim não o vê.
Não enrole,
Pois o Tempo é forte aliado da Natureza,
E de enrolados,
Passarão a Enroladores.
O Tempo esqueceu como dá nó em gravata,
Para especializar-se em puxar a corda da forca.
O Tempo é o início,
Mas pode ser o fim do que não começou;
Ou és surdo a ponto de nunca ter ouvido:
"Para o coração parar, basta estar pulsando".
Dominados pelo Sr. Tempo,
Tudo são números e raciocínio lógico.
Quem muito fala do asno e da corroça,
não é carroceiro.
O mesmo aplica-se a garis,
Caminhoneiros,
agricultores e mesmo estejam com os dois pés na cova,
Recusam o dígno, honesto, sério e comprometido trabalho do coveiro.
De Mim para Mim
O quê; se eu amo o próximo?
Que pergunta tola; sim, óbvio. Aliás em duplicidade.
Devolvo a pergunta:
Como não amar os espelhos e as balanças?
Não há nada mais próximo, honesto, verdadeiro e semelhante, que o mostrado por esses objetos.
As ondulaçõs das colinas teceram as nuvens: "desperte, sorria, mantenha o humor. Bom dia Sol; bom dia leitor; bom dia todo o mundo. Bom dia!"
Grave em sua memória e ao despertar amanhã, se não houver nuvens no céu, repita em voz alta a felicitação de hoje. E tenha um bom dia!"