O BOSQUE
Minha carne está sangrando;
Pelo chão, chuva de lágrimas que me queima;
E no calou em cinzas, eu me desfaço;
Das palavras das quais tu me festes;
Em uma noite de festa;
E no amanhã sem esperar;
Pelo hoje em segundos...
Triste é a minha sina;
Das cinzas que hoje sou;
Resta-me voar...
Sobre as árvores das campinas;
Com gosto de mel;
Na boca do céu.