O SILÊNCIO DOS VENTOS
Caminhado pelas ruas;
Em curvas, sozinho...
Deserto de concreto;
Mostrava-me o dia.
Eu olhava os pássaros bailando;
Em bando, movimentos de plenitude;
Chamando-me para voar...
Eu sorria soslaio;
E continuava a caminhada...
Não tinha o destino em mãos;
Tinha os olhos em vãos.
O silêncio da minh'alma;
As nuvens entardecendo;
O meu corpo abençoado;
Pelos ventos que assoviava;
Em mente, o desejo de flutuar...
As curvas eram lânguidas;
Meus passos firmes em andança;
Caminhava apresadamente;
Para poder chegar no lugar;
Frente ao mar, a barca!