O ASTRO DORMITA
Eu, meus delírios, eu sou o esquecimento;
Vivido por horas, adormecidos!
E Uma leveza mista de ferida aberta;
Onde o iodo não cicatriza;
Por sangrar na minh'alma;
O despertar da sentinela em dor;
E fustigado, choro calado!
Cultivando minha própria agonia;
Oh! Quão tristonho sinto-me;
Perdendo-me nas paredes pintadas;
Numa febre melancólica;
Misto de amor e ódio;
Pelas chagas de Cristo em mim;
Pela contemplação búdica;
Que pratico, sinto!
Eu ei de sarar minha ferida;
Eu sarei minha angústia;
Plantarei em mim sementes de flores;
Rosas! Orquídeas! Bromélias!
Serei um jardim em flor;
Borboletas voarão sobre mim;
Serei vento sorrento;
No mar sem sem fim...