O ASTRO DORMITA

Eu, meus delírios, eu sou o esquecimento;

Vivido por horas, adormecidos!

E Uma leveza mista de ferida aberta;

Onde o iodo não cicatriza;

Por sangrar na minh'alma;

O despertar da sentinela em dor;

E fustigado, choro calado!

Cultivando minha própria agonia;

Oh! Quão tristonho sinto-me;

Perdendo-me nas paredes pintadas;

Numa febre melancólica;

Misto de amor e ódio;

Pelas chagas de Cristo em mim;

Pela contemplação búdica;

Que pratico, sinto!

Eu ei de sarar minha ferida;

Eu sarei minha angústia;

Plantarei em mim sementes de flores;

Rosas! Orquídeas! Bromélias!

Serei um jardim em flor;

Borboletas voarão sobre mim;

Serei vento sorrento;

No mar sem sem fim...

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 08/08/2019
Reeditado em 21/08/2019
Código do texto: T6715075
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