A IRÁ DOS ANJOS
Cai sobre ti o medo;
E, a angústia de viveres, consome-te...
Da certeza que cairás na cama;
Pela solidão que habitas tu'alma;
Só tu sabes concisamente;
Onde os pesadelos são moradas;
E pelo elo gélido frio que envolve, circundam-na...
Estás condenada à viveres das sombras...
Pelas sombras dos vales mortais...
Caminharas sem dormires em paz;
Por não haver morte. viveras...
Então, manto negro cobrirá teu rosto;
Em desespero tenaz, fugaz, algoz...
Do teu infinito ser tênue...
Que hoje estás, vejo!!!
És o retrato dos anjos decaídos.
E estás na cama que hoje estás, decrepita!
Solitária vives eternamente.
Vulnerável! volátil!
Caída nos pregos da depressão em coxão
E na triste solidão, lamentação!
A chorar, com medo das próprias lágrimas...
Porque fizestes da tua lingua o inferno.