UM ROSTO PERDIDO
O azul traduz a beleza do céu;
Com suas nuvens de algodão branco;
Doce como o mel;
E o silêncio da minh'alma ensurdeceu;
Ponho-me a chorar em pranto rios;
Mas, eu agradeço terno e eterno;
Pela fadiga das trovas a serem cantadas;
Nos campos verdes dos meus olhos castanhos;
Sereno vejo a partida no assobio;
Ao longe, distante, os rouxinóis em cores bailam;
E sinto-me profundamente triste;
Nesta tarde de outono;
E, depois do adentrar na noite...
Uma solidão negra me consome n'alma;
Sinto-me só e tristonho;
Na melancolia que me consome;
É-me o vazio por alguns momentos;
E fica feliz pela tua presença...
És o horizonte perdido em mim;
Estendo teu triste véu cinzento;
Com palavras faladas em melodia;
Neste anoitecer de lua de jasmim;
Cada nota musicalizada com seu camposo;
Podes Falares das águas que envolvendo-me ao envolver-te em mim...
Água do mares, dos rios, açudes, lagoas, cachoeiras...águas!
Criavas versos, prosas, poesia, versos...poemas e dilemas!
Lidos, relidos, vividos...
Mas, o horizonte ficava distante;
Cá! Acolá! Ali!
O céu chorava em prantos;
O que havia em lágrimas;
O recomeçar em cinza já esquecido;
Em um bom começo;
Para sentir o mel;
Sabor da vida;
Soprado por uma flauta
Que tu trouxestes em boca;
Enquanto eu expressava com candura
O amargor triste da minh'alma:
"Há lugares para todos nesta vida entre o joio e o trigo";
Tu falas palavras aos ventos;
Metáforas entrelaçadas nas entrelinha;
Depois estás despido;
Desnudo do tempo criado;
Caiado pelo chão sofrido!
Só resta-me aconchegar-me em ti;
Céus, o dia foi cansativo!
E por ti morada...