Botija de azeite


Sou de mim onde a noite tem lagar,tarja o vinho,e ser se agrava!
Sou de lagares e tenho botijas de azeiite e mais ainda,vinhas esquecidas;
E oliveiras desencantadas de fruto,dou-me a sede por terminada,me cabe!
Estrias nos olhos sou a vinha,a mão atada,mas tenho o talhe,e verso vil!!

Cabe-me sê-la a transcrita alforria,das coisas doadas do alto,fragelo
De mim abrasas,contra essa porta malfazeja de zinco,mas ainda no talhe;
Quem dece a morrer sem ovelhas colhidas,tende aumento de dar,olha o talhe;
E se posso aferir das manhãs,algo aferirei só de ti,soubes de mim a carpir-te!

E ntão prossigo,mexo das ervas e de flores,incenso pário,descontente;
Arado pesado quando o sulco é a mão concebida,do que criamos; Só andores;
O caminho e dar o passo cada qual um ,por dentro me declinas, abas evasivas!!

Sendo então ,tudo de haver perdido e aprendido,calço,frutos de exílio,tenros;
Flor tão escuta que se perde a dada noção de ouvir,sou de mim a noite tão tua,
O rosto inteiro, sabe a vontade de se aniquilar a prece de criatura e sua foz!!




 
MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 15/04/2019
Reeditado em 15/04/2019
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