O sabugueiro
Quando se desprende o amor,se faz sobretudo partílha de quem somos;
Cântaros todos de nós e botijas todas de barro,tem vinho e água,damos o talhe;
O que saciava,agora isenta,dessa margem opaca, e de nossos andores à dia!!
O que do amor for despojado,solamos a vida e os sapatos na avenida,mais talhe;
Mais botija e mais agua do poço,atrás do sabugueiro,somos isentos do verso;
Aquí entre lábios, tecidos e pavor,somos divisas de mobília e sonhos remos!!
Mesmos se mudos,nos caem o olhar,apostamos na prece,e ventou nos corpos!
Nos demos amor e memória,e nos tratamos como fosse a vida um palco breve!!