O sabugueiro


Quando se desprende o amor,se faz sobretudo partílha de quem somos;
Cântaros todos de nós e botijas todas de barro,tem vinho e água,damos o talhe;
O que saciava,agora isenta,dessa margem opaca, e de nossos andores à dia!!

O que do amor for despojado,solamos a vida e os sapatos na avenida,mais talhe;
Mais botija e mais agua do poço,atrás do sabugueiro,somos isentos do verso;
Aquí entre  lábios, tecidos e pavor,somos divisas de mobília e sonhos remos!!

Mesmos se mudos,nos caem o olhar,apostamos na prece,e ventou nos corpos!

Nos demos amor e memória,e nos tratamos como fosse a vida um palco breve!!
MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 01/04/2019
Reeditado em 01/04/2019
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