Barraco de Zinco
Comprei de novo barraco de zinco e me senti conspirando com a vida;
A forma e a cor,e as hortas de romãns,como saldo,e dava vista pro rio!
O outro lado das coisas,tenho ainda resíduos de amor,e pus no porta-retrato;
Do que estava sem cheiro,sem vida,sem tempo,e me dei mais saldo de rio!!
Comprei barraco de zinco,uma porta entreaberta,outra fechada de chave,
E me vi comovido,sentenciado, da janela de vista de rio,pus vaso de alecrim;
Quem sabe meu amor volte,e tráz a escrivaninha de cedro e o remo de cedro,
Pra descer rio,a tardinha,e dobro o papel do teu amor acabado,difuso!!
Quero alargar os sentidos,de nós dois,não mais,já tenho Morena -Flor;
Mulata bonita que sobe com agua á tardinha,o morro,a tranca da vida,;
Os nomes sempre retornam,desce aflito a nós,farejamos a poesia e engulo-a!
Somos poucos,e nem mobília tenho,morena do morro me quer,,a que passo?!
Comprei barraco de zinco,e segue quieto,um outro,meu bem,esqucido abraço;
Desde cedo, estou comovido,a hora que Deus me pensa,meu nome arma imóvel!!