O Malte e o Absinto
Noite todas em mim,mas sempre a mesma fera!Imprevisto é não ter a fera!
Causas primeiras de amor,quem não as têm?! O tempo desmonta a morte,
A mesa reúne ,e a cama de dois devora seus cetins,vãs xícaras na pia,
Serena aprendo,lanças no varal,mesa posta,limpa;Fundas, são a pele!
Noites todas de mim,a estranha idéia de amor,e nós:A cilada e a sentença;
Tudo de nós dois aqui,de mim e de ti,e da vida,como palavras soltas ,me firo!
Essa parte moendo a noite ,a tenho,resto de ti se que levaste meu remo de cedro;
Aqui até a prece,e , joga dados, e repõe do gesto um resto,e meu do que nasce!!
E além de mim ,prendas aprendi dar,mas teu corpo se enlaçando ao teu,faz cio;
Súbitas de todas as manhãs,passa a mancha, e mais uma xícara;Mortos de ti, vive,
E quando os ventos forem caminhos,a mesma noite ,toda ela de novo em mim!!
Súbitas de todos,é o acúmulo do centeio,e a fachada dos teus olhos ;Te amo!
Ao fazer amor, a sentença de Deus;Imponderável!filho do mesmo leito flor
verde era só meu! Dizia Deus!um fruto mais que o rio,no teu sexo e teus sentidos!!
(Dedico ao Mestre ELígio Moura,grande poeta)