Botijas de cerãmicas
Não é minha mobília,a vida,mas o esquife;
O que era conversa do dia , é da noite ou da agonia que mora no butiquim;
Não fiz nada na breve vida e breve palco,nem tampouco rir dos corpos meus;
Vivíamos numa botija de vasos de alabastro,botijas de vinho todas as manhãs!!
E o abisinto guardo pra amigos e poetas,mais castros ou maiores em samba,
Discute teus aparatos primeiro,no convulso de existir,perde-se o uso,
Mas explodimos os braços e a dor não passa senão do mesmo abraço,
E num mesmo pão e de centeio,matas a fome e a sede da fera!!
E rompem aqui,o mesmo fracasso,e teima mais ainda a dor do fracasso;
E alguem mata -nos,de cansaço apenas ombros todos os meus quedos de si;
E morremos no poço,e o que dele se tira,toda hora,outro fundo de abraço!
Não é minha mobília,mas meu esquife,nada colide com Deus a sentença e morte,
Mata-se a sede da fera,perdi os remos de cedro,mais um uso,e vêm chegando
Corpos que morrem de cansaço,da tênue,mancha de tristes cansados,e remam!!