Pomar de romãs
Pomar de romãs
Há um grande abismo entre um lábio e outro,há uma erosão!
Com muito vinho,perecerão os vinhedos,pelo lagar;Bebemos!
Carregamos nos olhos essa perda de vindima,e matamos verso;
Somos poetas de minha sede juntas a de tantas,somos de rio!!
Não espero se volto do mesmo abismo,no coração chove sempre,
E muito para além da janela que passa chuva e vê-la risco;
Tenho tomado todos os goles da angústia,todos seus rios;
Tudo de tantas coisas lindas ora eternas ,mas umas,absinto!
Amanhã provavelmente seremos tristes como agora somos,
Seremos mais meticulosos,e mais confusos!E seremos patéticos,
E fundos,e colocaremos estereótipos em nossas faces ocultas!
Amanhã,de um grande abismo sorveremos a poesia ,
As coisas,essas ficarão,e olharemos o dia e o mundo,cansos,
Tudo de tantas coisas lindas,nos esqueceremos,em pedaços!!